sábado, 18 de maio de 2013

Memórias Póstumas de Brás Cubas

"Ao verme que primeiro roeu as frias carnes do meu cadáver, dedico como saudosa lembrança estas memórias póstumas."

Autor: Machado de Assis
Edição: 1ª edição
Editora: Ciranda Cultural
Número de páginas: 160
Gênero: Romance, Literatura Brasileira, Realismo

O defunto Brás Cubas resolve escrever um livro contando sua vida. Não que ele tenha feito alguma coisa extraordinária. Ele era apenas uma pessoa comum cheia de ideias. O livro começa com sua morte e todas as implicações dela. Logo em seguida, o narrador começa a contar a sua vida, desde o nascimento, em uma família da alta sociedade. Diante dessas recordações, o protagonista retrata sua juventude quando viajou para estudar Direito no exterior e se tornar um "doutor". Entram nesse plano de reminescências   todos os seus relacionamentos, seus amores, os quais, mesmo imperfeitos, satisfaziam seus primeiros anseios. Mas entre essas rememorações, ficam em destaque algumas de suas ideias, como as concepções do Humanitismo, criado pela imagem de Quincas Borba. A vida de um homem comum, que nada fez de memorável, e nem mesmo teve filhos, para transmitir à outra geração a sua vida miserável.

Na minha opinião, esse foi um livro bem interessante de ler, pois foi o primeiro livro de Machado de Assis e do movimento Realista no Brasil que eu li. O estilo do autor é incrível, e a forma como escreve me conquistou. A maneira como conversa com o leitor é muito convidativa. O interessante da história é que o autor não escreve sobre perspectivas bonitas e puras, e sim, sobre a realidade, característica do movimento literário. Como exemplo, o romance do narrador com a personagem Marcela é totalmente materialista ("Marcela amou-me durante quinze meses e onze contos de réis.") e ele ainda se apaixona por uma mulher casada, sendo seu amante numa traição. Portanto, li e recomendo a todos, para que percebam as nuances da Literatura Brasileira.

Avaliação:

Para melhor compreensão, sugiro os exercícios indicados pelas editoras Ática e Scipione.

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