"Houve um tempo em que um viajante, se tivesse disposição e conhecesse apenas uns poucos segredos, poderia levar sua barca pra fora, penetrar o mar do Verão e chegar não ao Glastonbury dos monges, mas à ilha sagrada de Avalon; isso porque, em tal época, os portões entre os mundos vagavam com as brumas e estavam abertos, um após o outro, ao capricho e desejo do viajante. "
Autor: Marion Zimmer BradleyEdição: 1ª edição
Editora: Círculo do Livro
Tradução: Waltensir Dutra
Número de páginas: 308
Gênero: Fantasia, Ficção
As Brumas de Avalon, na verdade, são uma versão da lenda do Rei Arthur, contada pela linhagem feminina, passando por Igraine, Viviane, Morgana e várias outras. O livro, porém, tem um tom bastante místico, explorando o paganismo que dominava a Bretanha naquela época, demonstrando como a chegada do catolicismo foi imposta e algumas vezes até agressiva perante as atitudes pacíficas e tolerantes da outra fé. Marion Zimmer Bradley cria uma narrativa envolvente e bem engendrada, além de uma história realmente baseada nos cultos daquela época e nas várias versões da lenda de Arthur. Recomendo o livro para aqueles que se interessam pelo paganismo, pelos druidas e pelo culto à natureza, apesar de não recomendá-lo a quem tem pouco hábito de leitura, pois é uma leitura pesada e às vezes cansativa, podendo fazer alguém desistir de uma boa história por falta de hábito.
Na Bretanha antiga, onde as lutas contra os invasores saxões são constantes, a Igreja Católica começa a se impor na região. A fé católica começa a tomar o espaço da antiga fé, do culto da Deusa, das sacerdotisas e dos druidas. Com isso, a ilha mágica de Avalon começa a desaparecer nas brumas, afastando-se do mundo real e aprofundando-se no mundo das fadas. Cabe à Senhora do Lago, grã sacerdotisa de Avalon, garantir que a ilha não se perca nas brumas e encaminhar o mundo aos caminhos traçados pela Deusa.
A história começa com Igraine, filha da antiga Senhora do Lago e irmã da Senhora atual, Viviane. Casada com o duque Gorlois da Cornualha e mãe de Morgana, Igraine vive sua vida aceitando os desígnios que lhe foram impostos, até que um dia recebe a visita de Viviane, sua irmã, e Taliesin, o Merlin da Bretanha, que pedem que ela traia o duque Gorlois e case-se com Uther Pendragon, sucessor do Grande Rei da Bretanha, para que tenham um filho que traga uma era de paz à Bretanha, além de reaproximar Avalon do mundo real. As dúvidas de Igraine são muitas, mas ela acaba fazendo o que sua irmã pede.
Tempos depois, Viviane retorna e pede à Uther que deixe-a levar Morgana para Avalon, educando-a como sacerdotisa da Deusa. Aceitada a proposta, Morgana parte com a tia e recebe toda o treinamento de uma sacerdotisa de Avalon. A intenção de Viviane é clara: tornar a sobrinha a próxima Senhora do Lago. Mas será que Morgana resistirá a todas a provações em seu caminho? Será que seu destino será completo?
As Brumas de Avalon, na verdade, são uma versão da lenda do Rei Arthur, contada pela linhagem feminina, passando por Igraine, Viviane, Morgana e várias outras. O livro, porém, tem um tom bastante místico, explorando o paganismo que dominava a Bretanha naquela época, demonstrando como a chegada do catolicismo foi imposta e algumas vezes até agressiva perante as atitudes pacíficas e tolerantes da outra fé. Marion Zimmer Bradley cria uma narrativa envolvente e bem engendrada, além de uma história realmente baseada nos cultos daquela época e nas várias versões da lenda de Arthur. Recomendo o livro para aqueles que se interessam pelo paganismo, pelos druidas e pelo culto à natureza, apesar de não recomendá-lo a quem tem pouco hábito de leitura, pois é uma leitura pesada e às vezes cansativa, podendo fazer alguém desistir de uma boa história por falta de hábito.
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