quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Admirável Mundo Novo

" Não se pode fazer um calhambeque sem aço, e não se pode fazer uma tragédia sem instabilidade social. O mundo agora é estável. As pessoas são felizes. têm o que desejam e nunca desejam o que não podem ter. (...) são condicionadas de tal modo que praticamente não podem deixar de se portar como devem. E se por acaso alguma coisa anda mal, há o soma."

Autor: Aldous Huxley
Edição: 20ª edição
Editora: Globo
Tradução: Vidal de Oliveira e Lino Vallandro
Número de páginas: 270
Gênero: Ficção


A história se passa num futuro distante. O mundo é totalmente diferente. As pessoas não nascem mais da forma natural. Elas são criadas em laboratórios, sendo indivíduos únicos ou até grandes grupos de gêmeos. Desde o nascimento os indivíduos são condicionados e predestinados a uma certa condição social. Os trabalhadores são condicionados ao trabalho e ao horror aos livros por meio de processos dolorosos. Os pensadores das classes mais altas são condicionados para o amor aos livros. Tudo é feito pensando na estabilidade social e no equilíbrio da sociedade. O sexo é considerado normal. Ter apenas um parceiro e sentir amor e paixão são coisas anormais. Tudo é programado para que as pessoas não tenham mais tempo livre do que o necessário para o descanso. Os livros considerados "antigos" são banidos, pois não se adequam à ordem social. A tristeza é inexistente, assim como a velhice e as doenças. Qualquer sentimento ruim é banido pelo soma, a droga que faz as pessoas viajarem e possuírem momentos de felicidade sem consequências. O marco inicial dessa sociedade totalmente modernizada se encontra em Ford, considerado por todos como Deus, pois esse ser supremo também não existe no futuro. No meio desse mundo, vivem os personagens da história. Bernard Marx, um Alfa-Mais, que se sente muitas das vezes em um certo dilema de infelicidade, psicólogo especialista em hipnopedia (ensino durante o sono), uma importante fase de condicionamento. Lenina Crowne é uma Beta-Menos, vacinadora dos embriões. Ambos trabalham no Centro de Incubação e Condicionamento de Londres Central. Bernard, por conhecer a realidade sobre o condicionamento, tem uma visão diferente do mundo em que vive. Um dia, ele convida Lenina para ir a uma "reserva selvagem", local onde vivem indígenas que não foram adaptados ao mundo dito "civilizado". Nessa reserva, encontram perdida uma mulher civilizada que se agrupou aos índios e teve um filho, de forma natural, na reserva. Bernard, que acha o caso muito interessante, consegue autorização e leva a mulher e o seu filho "Selvagem". Ao conhecer o mundo civilizado com a sua visão, o Selvagem começa a pensar como as coisas são diferentes. A partir daí, a história se desenrola, e o Selvagem chegará a graves questionamentos que podem até mesmo ruir a sociedade. Isso se o condicionamento permitir...


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